Você já ouviu falar da etapa de adequação linguística nos projetos editoriais? Não se deixe intimidar pelo termo – ele é mais do que uma mera formalidade do mercado editorial.
As escolhas linguísticas podem ditar o destino do seu projeto ao criar livros, e-books, artigos, revistas ou outros conteúdos.
Assim, essa etapa ganha relevância estratégica na produção editorial. É nela, por exemplo, que conseguimos identificar e planejar uma experiência de leitura satisfatória, facilitada e adequada ao repertório cultural do seu público-alvo.
Por isso, desde o título até a estrutura do conteúdo, a linguagem escolhida é fator determinante para o sucesso da obra.
Essa conversa não vai ser chata. Venha entender o poder da adequação linguística em projetos editoriais de livros e e-books com a ajuda do Estúdio Gogó.
O que é adequação linguística nos projetos editoriais?
A adequação linguística é um esforço composto por uma esteira de etapas. Em cada parada, habilidades técnicas, criativas e de pesquisa serão necessárias:
Segmentação de público;
Objetivo do Projeto;
Gênero Textual;
Identidade Verbal;
Voz e Variações de Tons;
Estrutura/Hierarquia da Informação;
Escuta Social;
Design Narrativo.
É claro que projetos mais simples vão exigir menos elaboração em algumas dessas etapas, mas a mensagem que precisa ficar gravada na sua mente é a daquela etapa do meio destacada em bold ali em cima: a Identidade Verbal.
Não é difícil entender o porquê.
Para duas ou talvez três gerações, a expressão “Expecto Patronum” não precisa de contexto. Ela está configurada em nossa mente no cenário, na aventura e nas sensações do universo literário e cinematográfico da saga Harry Potter.
Quando nos desafiamos a criar o nosso próprio projeto editorial, temos uma missão parecida: criar uma identidade tão única para o nosso universo que a conexão entre a nossa linguagem e o nosso público se torne duradoura.
E é com essa missão em mente que a adequação linguística começa a tomar forma.
Público e Linguagem: qual caminho seguir?
Se você já está se perguntando por onde devemos começar a delimitar quais serão os contornos da linguagem que vão fazer seu projeto ser lido e amado, é hora de conversarmos sobre público-alvo.
A definição do público é a parte mais importante da construção da identidade verbal do seu livro ou e-book.
É com base na pesquisa de identificação do público que vamos definir qual promessa deve ser feita, como atrair e manter a atenção do leitor desejado e até mesmo qual o padrão textual do conteúdo.
Um projeto editorial pode ter público amplo, de perfil variado, ou muito segmentado. O que nós vamos buscar são as características que os leitores compartilham entre si, tais como:
perfil de consumo;
faixa etária;
perfil de leitura;
adesão a novas tecnologias (como kindle e outros leitores digitais);
profissão e grau de escolaridade;
hábitos de consumo cultural (cinema, streaming, literatura, jogos eletrônicos etc.).
Com esses dados, seremos capazes de mapear o conjunto de linguagem, as terminologias e formas mais eficazes de se comunicar.
Ao adaptar a linguagem do projeto editorial com o perfil correto de leitor em mente, conseguimos atender às suas preferências, expectativas e níveis de compreensão. Isso ajuda a garantir que a mensagem seja clara, compreensível e impactante.
Linguagem inapropriada, leitura rejeitada
“Ai, Estúdio Gogó, mas eu tenho pressa! E se a gente não fizer isso aí, hein?”.
Uma linguagem inapropriada pode levar o leitor a rejeitar o seu conteúdo. Imagine um e-book que pretende atingir músicos profissionais, com anos de dedicação à arte musical. O projeto, no entanto, apresenta texto muito simples e com uma abordagem superficial.
Os leitores vão entender, só de passar os olhos pelo e-book, que aquela publicação subestima sua qualificação. Será uma leitura que não agrega, um conteúdo sem novas descobertas.
Em resumo, logo seu público vai entender que aquela obra não é feita para ele.
Por outro lado, uma obra que pretende se conectar com um público infantojuvenil e adota uma linguagem muito formal e rebuscada também terá pouca adesão à leitura.
Quando nos preocupamos em adequar a linguagem do projeto editorial, estamos lapidando o conteúdo com cuidados sutis, que vão desde a escolha das palavras, passa pela construção sintática e semântica dos parágrafos e define as referências culturais que ajudam a ilustrar e compor o texto.
A linguagem certa vai fazer seus textos serem entendidos, aceitos e até mesmo adorados pelo público certo.
Quer dar voz às suas ideias e criar um projeto gráfico editorial à altura dos seus objetivos?
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